Cães podem prever ataques epiléticos, segundo cientistas

Cão que previu ataques epiléticos foi destaque na mídia internacional

Clube de Cãompo explica mais detalhes sobre os cães que preveem ataques epiléticos

Uma família acredita que seu cachorro de estimação, o dogue alemão Charlie, percebeu mudanças na filha Brianna de três anos, e que sofre de epilepsia desde que nasceu. O casal de irlandeses afirma que o cão  chama a atenção dos pais até 20 minutos antes que ela tenha uma crise de ataque epilético, andando em círculos em torno da criança. 

Mesmo sem provas científicas de que cães possam detectar doenças, instituições britânicas já treinam os animais para identificar problemas de saúde, como em casos de  convulsões traumáticas e violentas que aumentam o risco de cair e bater a cabeça. "Ele gentilmente até encosta a menina contra uma parede para impedi-la de cair durante um ataque", revelou a família à imprensa.


A família notou a habilidade quando o cachorro ficou agitado e andando em círculos em torno de Brianna, que minutos depois teve um ataque epilético. Mas é importante destacar que nem todos os animais compartilham dessa habilidade - a capacidade geralmente é encontrada em cães expressivos, atenciosos e que mostram preocupação em proteger seus donos.

Pesquisadores da Divisão de Neurologia Pediátrica do hospital da Universidade de Calgary, no Canadá, fizeram estudo inicialmente provocado por relatos de donos de animais que convivem com crianças epiléticas. Eles observaram que alguns reagiam de forma específica às crises de seus donos, sendo até capaz de prever os ataques. 

A conclusão dos estudos científicos é que alguns cães podem ser treinados para "farejar" cânceres e detectar baixos níveis de açúcar no sangue em pacientes diabéticos. Até o momento não há prova científica conclusiva de que os caninos tenham essa capacidade, então mais pesquisas ainda são necessárias.


No Brasil, o pesquisador Alexandre Valotta da Silva, do Laboratório de Neurologia Experimental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), relata que buscam patrocínio para prosseguir o estudo e desenvolver um método de treinamento para cães.

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